segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Vivendo um dia de cada vez.Tentando realizar um up grade na minha vida.A falta dele ainda é insuportável, mas posso dizer que estou melhor do que semana passada.
Amanhã tentarei uma consulta com um psicólogo na UFRJ, orientado pelo psiquiatra no qual me consultei semana passada.E já não procuro ajuda pela a tristeza que é forte ainda.E sim pra tentar entender meus mecanismos passionais.
Deposito toda capacidade de ser feliz no outro...e isso nunca me fez bem.Quando acaba , eu acabo junto.Desejo a morte rápida e eficaz.
Quero aprender a independência amorosa.A capacidade de ser feliz sem a necessidade de ter sempre alguém do lado.Não quero virar uma pessoa egoísta e auto-suficiente.Mas apenas aprender que nem sempre as coisas darão certo.Aprender a duvidar do outro, desconfiar , e não acreditar cegamente em palavras bonitas e promessas feitas.
às vezes , num momento do dia consigo estar feliz e acreditando que tudo dará certo.Mas volta e meia (Mais volta do que meia) me entrego ao choro desesperado que a falta dele me traz.
Não quero mais chorar...Não quero mais me desfazer em lágrimas.Quero que ele seja feliz mesmo longe de mim...Quero ser feliz mesmo longe dele.


Ai querido, não sei mesmo como agir....Não sei como ficar tranquila.É difícil compreender?
Será que é dificil entender que me faz mal a tua ausência gritante...eu gostaria de um abraço apenas.E isso não aumentara minhas esperanças que não passam de urubus pintados de verde.De onde tirou tanta insensibilidade querido?Que tamanha coragem é essa de me ferir ?Não gostaria de me afastar ...não mesmo.
E a cada dia entendo menos...só penso na possibilidade de ter feito algum mal, pra estar tão duro comigo.Apenas gostaria de olhar os olhos de quem amo , independentemente de tudo.Pra quê queres me fazer sofrer tanto com tua ausência.Isso suga toda minha energia...Me arrefece o espírito...

2 comentários:

Lucianne Menoli disse...

Não sei se posso mesmo dizer alguma coisa... mas depois de tanto tempo em completo silêncio, sem acessar nem a mim mesma direito, senti vontade de falar...

Não acho que a intenção do outro seja fazer sofrer. E talvez justamente por isso seja tão cruel, porque é banalmente ocasional. Corações são dilacerados todos os dias, mas de algum modo isso escapa à percepção do mundo, acho um absurdo carregar um coração fatiado em meio ao metrô lotado de gente feliz, de gente indo pro trabalho, de gente vivendo, simplesmente vivendo! O mundo teria que parar, pelo menos de algum modo. As pessoas teriam que nos apoiar nos ombros, e jogar ovos sobre quem nos feriu. Bom, pelo menos é assim que eu me sinto. E é claro, pra variar, é uma das minhas facetas psicóticas.

Mas acho que é por isso que os médicos sempre me dizem para também tentar essa "independência" impossível. Porque pra mim, desconfiar não é amor, não depender não é amor, manter uma certa distância não é amor. O que temos que aprender é apenas a lidar com a dor. Quando um médico diz pra evitar o sofrimento através de uma frieza calculada e "madura" para mim é como um ortopedista que diz ao lutador de boxe para evitar os socos na próxima luta. Claro que a estupidez da luta é evidente, mas o único modo de se evitar de fato os socos seria não lutar.

E com o amor creio ser a mesma coisa. O único modo de evitar a dor e a decepção é não amando. E não amar pra mim é a coisa mais antinatural que um ser humano pode conseguir fazer. Então, querem que eu me torne uma dessas loiras poderosas caçadoras de carniças milionárias, uma dessas mulheres que a maior emoção do dia é gastar as fortunas herdadas com muito silicone e orgasmos fingidos?

Não, eu sou também aquela que sofre, aquela que está sempre errada, aquela que os homens dizem para ser passional de menos, mas que na época em que consegui ser fria fui tão infeliz quanto quando me decepcionava.

E somos assim, minha doce amiga. Portanto, lembre-se de criar apenas umas luvas de boxe, ou seja, conte menos de você, proteja sua história, coisas assim, por exemplo. E lute, treine, treine muito. Porque aprender a cair e levantar antes dos 10 segundos pra continuar no ringue requer prática. Você não vai deixar de fraturar ossos, mas eles vão doer de um modo já tão conhecido que você aprende a suportar melhor a dor. Fale para o psicólogo que você quer descobrir seus caminhos internos, não para deixar de ser como é, mas para poder ter felicidade sendo exatamente como é. Aceitar-se é uma senhora luva para a luta. E coragem, porque não vai passar fácil e nem vai ser a última vez. E aprenda sobre seus demônios, porque os homens que nos evitam são os que não dão conta deles. E sem promessas, um dia haverá um que vai dar conta, ou vários que vão dar conta. E não vai ser porque conheceu o cara certo, ou porque os homens mudaram, vai ser porque você mudou. Sem se abandonar. Mudar no sentido apenas de fortalecer.

Sei lá. Só quis dizer porque me incomoda extremamente ver alguém tão especial se sentindo mal consigo mesma. Mas guarde essa auto crítica sim, porque ela também é preciosa. E olha, você já usa a luva mais indestrutível de todas: a verdade ao escrever. É incrível como as palavras que escorrer pelos dedos, seja teclando, seja escrevendo, tem um tempo de confissão e resolução inteiramente diferente daquelas que falamos...

Desculpa se "falei" demais. E com certeza falei besteira. Mas é o que sinto. E é como eu disse, inevitavelmente, as palavras escorrem...

Letícia Buendía disse...

Obrigada minha querida amiga...Não preciso mais de terapeuta de pois de suas palavras tão precisas...te amo