segunda-feira, 29 de março de 2010

Quem é que se joga nas pedras do Arpoador ?

O meu bem é sincero,
e ás vezes se entrega em palavras duvidosas...
Mas compreendo e acredito, por que tenho a essencia das verdades.
Sei o que os olhos dizem quando mentem...ou não.
Não importa.
A vontade é a mesma...
O desejo é o mesmo...
A ambição é a mesma.
O moço de cheiro de baunilha acalenta os infernos passados
e põe sorrisos puros nos rostos incrédulos.
Sinto o coração bater...
Sinto o corpo queimar...
Sinto a razão duvidar: Cautela.

Mas o moço ganha sempre e a moça não perde nada
E por isso se alegra no cólo , na língua, no tato...
A moça pula de alegria.
O moço também.
A moça quer proteger...O moço se jogar.
A moça também , mas diz : - Cautela, é preciso cautela.

Mas a moça também quer se jogar e se arriscar nas pedras do Arpoador...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Fala baixo Coração!

A vida surpreende.Quando você pensa que aprendeu a como agir diante de certas situações, acontece algo em sua vida, alguém em sua vida que desconstrói tudo e te deixa com as buchechas ruborizadas e o sangue cardíaco fervente de total inabilidade no que fazer.
Não adianta.Viver é sempre um aprendizado.Você sofre e aprende com a dor , e acha que na proxima vez sera tudo diferente, pois acha que " aprendeu".Porem tudo aquilo que se acha que aprendeu de nada vai valer para aquela certa situação.Cada situação é diferente.Cada pessoa é diferente.Cada lugar é diferente.Cada energia é diferente.E o lance é realmente deixar acontecer, e fazer falar o coração.E se ele gritar muito alto, pedir com educação que ele fale mais baixo, convidar ele para um chá de camomila, yoga.Pois o coração não gosta de obedecer e apenas mandar.Mas se falarmos com ele com educação e explicar-lhe o que acontece, ele pode tambem ser educado , sem gritar demais, sem escandalizar demais, sem se abrir demais.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tornar-me-ei encantada.

Aflição.É a palavra.
Há menos de dois meses eu torcendo por uma morte sangrenta e espontânea, hoje acordei com um leve sorriso pintado no canto da boca.
Será possível não ter esperanças ? A esperança de que "vai dar certo desta vez" sempre me acomete nas horas mais duvidosas.
Estou velando um amor com outra grossa mão masculina.Errado?A tentativa é sempre a mesma...sofrer é necessário.Afligir-se é necessário.
É preciso enterrar o amor ainda vivo, para que ele não me enterre.
A impressão é de que não, não mais o amo.A fúria de antes foi embora.E acaba de chegar uma outra fúria diferente.Aquela que racha meus lábios de prazer , e me acalenta num cólo quente e pacífico.
Minhas pernas querem correr para ver de perto.Desejo o desespero de vencer a luta.Os toques são certeiros.Os cheiros são certeiros.O gosto é certeiro.
Agarro esse tempo com o mesmo desespero de antes: Não , não vá embora.Fique e modifique.
Tornar-me-ei encantada, é o que prometo.

Minha culpa, minha tão grande culpa...Lucianne Menolli

O porteiro do seu prédio olhou-me
com aquela reprovação no ar novamente.
Ele não compreende,
pobre homem,
que eu preciso me marcar,
preciso andar trôpega,
carregando na mão as meias-calças...
preciso sair daqui assim,
de roupas mal colocadas,
bochechas vermelhas,
mãos machucadas...

Ele não sabe
que cabelo oleoso denuncia mais
que cabelo molhado,
que minha calcinha eu deixei
em cima da tua mesa,
ele não sabe
que eu vou chegar em casa com fome
e vou ligar para outro ex...
Um alguém qualquer que vai me dar
"de graça"
champagne, televisão e chocolate...
Tudo em troca de alguma estúpida cena
que faria de qualquer Lolita imbecil
uma covarde.

Faça uma pose.

Sou uma mulher em disfarce.

Há meses encaro a sua feição
com desprezo
e um pouco de alarde.
E não sei se me ofereço,
se demoro o passo
para que
dê tempo dele ver,
nas minhas costas,
a tua tatuagem que escorre...

Ah, a vida
sem isso
seria pior que um porre.

Jogos de Glória- Lucianne Menolli

Meus sonhos têm a palidez secreta
de uma pequena morte,
um transe induzido,
um coma inventado.
Avanço sobre pratos de comida como quem
estivesse diante de um prazer indizível,
inenarrável,
mas incontrolavelmente oferecido.
Sou uma mulher diferente quando
olho-me no espelho.
Estou contando vantagem sobre meus
desesperos,
contando os homens de terno, farda,
fraldas e bermudas
que atravessam livres
o beiral de minha porta.
E divido
centavo por centavo do dinheiro dessa aposta
que perdi;
as baratas me cobram. Devo tudo à elas.
Estou na sarjeta por ter sonhado com alturas.
Cobras voadoras
que espancam todas as chances
de um dia eu me tornar bem-vinda.

Lucianne Menolli

quarta-feira, 17 de março de 2010

Não será um texto passional...

Não será um texto passional...com todos aqueles choramingos eu prometo.
Embora esteja passando pela pior fase, sofrendo e sangrando diariamente...estou amando.Amando a vida...coisa esta que tinha o maior medo de não acontecer durante todas as tempestades...Eu sou romântica isto é fato: "Românticos são loucos e pirados, e acham que o outro é o paraíso."...Mas esta escravidão...eu não quero mais.Quando de fato ,amei de verdade...experimentei o amor alentador, calmo e discreto, estraguei com minhas manias e necessidades fúteis.Me arrependo, eu digo.Ah se a gente pudesse ter uma bola de cristal e saber quais serão todas as consequencias de nossos atos e ter sempre um espelho mágico para nos aconselhar antes de fazermos as "merdas".Mas não, a vida não é assim.E mesmo que fosse (como em efeito Borboleta) mesmo os atos que pensamos fazer certo, terá algo de errado...
Todos sofrem eu sei...Já sofri outras vezes , e outras vezes passou.Aprendi muitas coisas....coisas estas que não foram suficientes para manter o teu amor vivo...e o que aprendo hoje com o que sofro , talvez não será suficiente para manter outros amores...(espero que seja, pois já cheguei no limite da cota de sofrimentos amorosos)...
Tive atitudes duvidosas eu sei...palavras insalubres eu sei...Mas fui outra a partir da pontada da dor.A dor transforma também...e me transformou numa esquizofrenica assassina...Meus impulsos, palavras sombrias, manias suicidas, foi a dor que gerou, e agora tento enterra-las (mesmo que vivas) diariamente...
Tuas palavras, aquelas querelas , foram sim certas.Amor não pode ser dependência...Mas eu não dependia ....e não dependia por que tinha-o ao meu lado.Passei a depender quando foste embora, e o desespero me fuzilou com balas de festim que pra minha má sorte do dia fatídico não me mataram de vez....Digo "do dia"...pois tudo o que eu queria naquela hora era sim morrer...não acordar mais.Depois a gente acorda e vê tanta gente nos amando que desiste por uma simples piedade dos outros...As vezes sem querer sou doentia.Mas isso já não mais importa.
O amor também depende...acho eu.Minha mãe também me quer do lado, e quando não me tem se desespera...O filho chora a falta do pai...da mãe.Isso não é normal?Se desesperar quando alguém que amamos parte pra longe de nós?
Talvez eu esperasse muito do meu amor...Talvez tenha me prejudicado.Mas a intenção não é sempre a mesma?Amar e ser amado ?Ou por acaso é propriedade do amor somente amar e não esperar ser amado ?
O que tenho agora é uma super vontade de viver...de queimar todos os meus livros e de sair nua pelas ruas...Não a nudez física...mas a nudez de experiências parcas e livrescas.Que vontade de conhecer gente , de comer cachorro quente na barraca do Sr Manuel, de roubar coisas de lojas muito chiques, de largar me ao vento.
Sempre tive tanta inquietude intelectual ...de querer saber de coisas e mais coisas, de devorar os livros , filmes e musicas...
Mas o que desejo agora é uma motocicleta correndo numa estrada á 120 km por hora...vento no rosto ...dormir em hospedagens, pedir carona...gastar dinheiro (ele realmente existe para ser gasto).
Dinheiro tenho pouco...e agora ainda resolvi investir mais da metade em um curso de pós graduação.Aliás diga-se de passagem...que ótimo curso...Os três anos de pedagogia com mulheres chatas e escovadas valeram a pena , só pela possibilidade de estar agora cursando ensino da arte...
Mas nunca me senti tão necessitada de dinheiro como agora...viajar, conhecer novos lugares, novas pessoas, fazer um curso de bar tender, fazer tatuagem, comprar instrumentos , fazem parte dos meus planos...Então agora , sabendo de meu amplo talento de choramingar bolsas de estudo, irei até a caixa económica para solicitar um financiamento da pós.Não quero ficar apertada...quero sair , ir ao cinema e até ao mc donalds de vez em quando , para sair da rotina.
Ah viver viver viver...viver é a solução.Sou pouco instruída de vida , eu diria.E os livros não são tão sinceros...

"Não há castigo infinito. Não há dor infinita.
Um dia a gente termina para começar,
começa para terminar,
refaz o percurso como se nada tivesse acontecido antes.
Deixe-me apenas uma cadeira de palha,
amarela,
para olhar com piedade o que fui
e me deslumbrar com as ruínas" (Carpinejar)

terça-feira, 9 de março de 2010

Pobre Louca...

Verdade Oculta : Meu medo maior é que não mais nos vejamos...Eu não sei dizer , eu não quero dizer ...Mas acabo dizendo...Este é o momento de apagar este email antes de lê-lo.Faça isto.Como ? Você não fez ?Talvez seja por puro interesse mórbido que você continua permitindo que estas palavras incertas , confusas desfilem sob seus olhos - no entanto elas inflam, se ufanam! Como sou patética, como procuro desesperadamente que você me admire!Este é um momento de loucura.Sou uma louca agressiva.Eu queria que você soubesse .Ou melhor , não queria, mas há essa necessidade.De onde ela vem ?Eu tenho uma leve suspeita , mas premio-te com minha ignorância.
Você não faz idéia de como escrevo-te...a que profundidade de sentimentos preciso chegar para ultrapassar meus orgulhos.A que nível de loucura alcanço para querer ainda escrever-te.
A ufrj não me liga...não consigo falar com a psicóloga que me atendeu.Isso está me deixando apreensiva.
Certa vez li uma peça em que toda a cena se passava no fundo de um poço.Não prestei atenção no texto , por que imaginei que tipo de catarse era aquele.Em que momento e por qual motivo o autor teve a audácia de fazer toda a cena no fundo de um poço.Catarse?Se eu escrevesse algo a cena também se passaria no fundo de um poço...ou numa caverna escura e húmida (meu coração).
Transferi minha mesa do computador para meu quarto, para que eu escrevesse qualquer pontada de dor, ou qualquer poesia , ou um trecho de livro e não tivesse que caminhar até a sala....isso seria um tanto perigoso , o caminho até a sala poderia fazer-me perder idéias nos confins do pensamento.Minha mente não pára.Estou me devorando.Com a alma mordida....Eu sei lá o que eu quero dizer com isso...
Estou aqui em meu quarto na companhia de um velho amigo : Baudelaire.Estamos os dois conversando sobre coisas tétricas.Isso parece doentio.
Ás vezes sou deprimente...e você claro não precisa disso.Esta carta é uma espécie de confissão mal acabada.Eu me encontro no escuro, mas no fundo sinto vontade de ver o dia.Sair pra qualquer lugar banhado de luz e de vida.Ai...a loucura me acossa.Eu me sinto cansada...Mudando de assunto , encontrei em Baudelaire esses versos :

"Louca , por ti sou desvairado,
E vou te odiando enquanto te amo.(...)

Eu não sei , parece que sinto mais ou menos isso .Confesso-o.Mas isso não tem importância...Posso me contentar em ...esperar por uma luz qualquer.Entretanto é uma ameaça.Ah droga...Isso definitivamente não tem importância.Ao menos posso murmurar seu nome nos momentos de angustiosa loucura.
As vezes sinto vontade de cometer um ato de vandalismo...Há dias quase levei esta vontade a termo.Em minha mão havia uma pedra, à minha frente a vidraça de uma lanchonete , uma multinacional...Mas eu não fiz nada.No fundo, nem tão no fundo assim, eu sou uma boa moça...
Esta carta é uma declaração de amor de e de guerra.Não sei se vou chegar a entregá-la.Ou melhor a enviá-la.Mas eu sempre envio...sempre escrevo com a intenção apenas de esvaziar, escrevo no bloco de notas e salvo no meu computador ...Porem , não passa mais de 10 minutos em silencio na memoria, pra logo após ser jorrada em cima de você.Desculpa.
Sou patética de tanto que pesso desculpas.Quero perder os movimentos dos dedos , para não mais escrever-te...pelo menos por um mês...ou até mesmo uma semana.
Porém , não se preocupe, apesar do nível gritante de doentismo de minhas palavras , atravesso uma fase em que estou muito comedida.Eu só quero poder odiá-lo.Por algum tempo.Pra que eu possa te dar então o tempo necessário.Para que eu não me humilhe tanto com essas palavras doentias.
Mas não, eu não te odeio.O que tenho é amor ...aliado a um desespero crescente.Sabe quando se deseja que alguém especial descanse a cabeça no nosso peito?Quando temos a necessidade de nos tornar uma espécie de refúgio , de lenitivo para quem ...amamos?
Baudelaire toca meu ombro, e é como dissesse: Pobre louca...Ambos nos encontramos na escuridão mais funda, e aqui , em baixo, é em você que eu penso...Minha boca murmura o teu nome.

terça-feira, 2 de março de 2010

Esparramo para não apodrecer...


Sofro de múltiplas personalidades.Vagueio entre a tristeza intensa e a euforia.Povoando tua ausência sempre, com mil coisas as vezes desimportantes.Arrependo-me.Grito.
Sobrevivo durante mais um dia.Durante mais um dia não choro, não grito, não morro.Comemoro.Mas eis que alguma lembrança , mesmo aquelas mais disformes me acomete o pensamento...e ai então não sei bem o que acontece.A tristeza volta , o desespero volta.Corro pra casa pra lhe escrever qualquer coisa...na esperança de dizer algo que lhe perfure o coração de tal forma que retornes a mim.
Mas isso não acontece.Isso não acontecerá.Estou errando, não faço o certo.Posso dizer até que estou bem.Que estou forte.Que minhas dores se transformam em potencia.
Mas e se não passar ? Mas e se um dia me casar com outro ainda pensando em você?E se um dia apareceres com outra?E se um dia sofreres por outra, estando eu aqui sofrendo por você?Enlouqueço.Me vejo esparramada como um balde de tinta.
Qual a receita da tranquilidade?Você sabe ficar tranquilo?Me ensina?
Ah claro...você não quer me ver...você não me ensinaria nada ...você não me salvaria.
Desculpe.Invadi mais uma vez seu dia com palavras grotescas.Mas que importa?Talvez você não esteja lendo .Talvez você tenha passado o olhar fugaz e nenhum pouco sedento.Talvez tenha apagado no momento que abriu.Talvez não tenha feito nada.Isso não te importa.Se eu te amo , não te importa .Se eu sofro , não te importa.Se eu vivo, não te importa.Nada mais em mim te importa.E isso é...
Queria tanto me curar de você...e ando fazendo todo o esforço possível do mundo.Acordando cedo, vendo o sol nascer e depois volto a dormir.
Ah sim...comprei uma bicicleta ergométrica.Também me "terapêutiza".Corro pra ela quando tua ausência me cutuca.Transformo tudo em gotícolas de suor.Corro como se tivesse indo ao teu encontro.Ou quem sabe ao encontro de qualquer coisa que me deixe tranquila.Um vidro de calmantes por exemplo.Um cigarrinho de maconha.Uma pista de dança.O barulho do mar.Amigos incandescentes.Aulas de canto.violão.Batucadas.Dança.Pós graduação.salada com azeite.cds do belle e sebastian.cachaça de gengibre.amendoim.cama quente.
Ah como é bom se cansar depois de pedalar 1 hora.Estar estafada, cair na cama e dormir.Ah que doce sensação é a de dormir...
Ah droga...não queria ter escrito nada.Você sempre acha que não estou tranquila por conta de minhas palavras insanas.Mas por Deus...como estou tranquila.Alias é o que todos dizem.- Ah nossa mas você está bem Letícia, eu esperava te encontrar numa pior.
Estou tão forte.Mas você não vê.Alias pra que você vai querer ver?Você me despreza.Eu não te importo.É indiferente, já percebi.Então por que te escrevo tanto?Por que gastar o meu tempo ?Pra continuar me esvaziando, e sentindo que ainda me desprezas.Um dia me canso, e espero que seja rápido.Não estou entendendo o que estou escrevendo.Esta tudo um emaranhado de coisas desorganizadas.Não sei por que comecei.Não sei como vou terminar.
Quero uma massagem com óleos perfumados.Yoga.Sexo.Amor.Suco de abacaxi.
Quero amar outro e não quero ao mesmo tempo.
Errância Maldita: Apesar de que todo amor é vivido como único e que o sujeito rejeite a ideia de repeti-lo mais tarde em outro lugar , ás vezes ele surpreende em si mesmo uma espécie de difusão do desejo amoroso; ele compreende então que está destinado a erra até a morte, de amor em amor....
Então, se sei que errarei ainda por muito tempo , que sofrerei ainda muitas vezes, por que ainda me fixo em você.Era pra ser de outro jeito.Não deu certo, pense: virá outro por quem você também vai amar e sofrer.Mas por que você é tão único dentro de mim?
Ah que sentimento maldito é esse (você vai discordar eu sei)...essa escravidão , essa dor.
"Quando acreditei que tudo era um fato consumado , veio a foice e te jogou de longe do meu lado " (Renato Russo).
Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões de corpos posso desejar centenas, mas dessas centenas , amo apenas um.O outro me designa a especialidade do meu desejo.
Eis o grande enigma: por que desejo esse ?Por que o desejo por tanto tempo e tão languidamente?Ah droga...por que é tão difícil esquecer a silhueta?As mãos , o rosto, cabelos ...marcas...
Tudo é tão difícil.
Mas por incrível que pareça, estou viva e radiante.Meu pulso ainda pulsa.Meu sangue ainda borbulha.Meu corpo ainda é quente.E cada dia acordo e me pergunto: E hoje ? o que vamos fazer? - Hum deixe me pensar.Acorde , tome um café amargo, olhe para o sol , sinta calor.Depois sue em cima da bicicleta.Hum , depois estudaremos violão.E á tarde vamos tentar uma bolsa no curso de ...(ah não importa).Vamos visitar Manuela, renata ou Luíza.Leia um romance.Veja um filme.Vamos ao villa Lobos, tenha inúmeras aulas e converse com o máximo de pessoas, sorria.Voltamos pra casa.
- É parece ótimo.
Mas e quando volto pra casa...Por que você ainda aparece nos meus pensamentos?Droga fiz de tudo pra povoar a tua ausência.Por que você tem que chegar e se espremer no trem lotado da minha imaginação?Vai embora droga.O trem esta cheio,espera outro que vá para outro lugar que não seja dentro de mim...
Eu te odeio também.Quero que saia do meu coração , já que não abre mais a porta do teu pra que eu entre.Você não me ofereces moradia em teu coração.Também não quero que visite o meu.
"A vida demoníaca de um enamorado parece com a superfície de uma solfatarra; bolhas enormes (quentes e pastosas) estouram uma após a outra; quando uma se desfaz e se acalma, retorna à massa , uma outra mais longe, se forma , cresce.As bolhas " desespero, "ciúme", "exclusão" "desejo", "conduta indecisa" , "medo de perder o outro" (o mais malvado dos demónios) fazem "ploc" uma atrás da outra, numa ordem indeterminada: a própria desordem da natureza."(goethe).

Por que te escrever tanto?Preciso ser esparramada...em cachoeiras rubras e quentes.
Pois de silencio em silencio me apodreço.E prefiro esparramar que apodrecer...