quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Pérola Calma

Pelo vislumbre das sombras indecisas
Pelo vociferar de recém nascidos
Pelas dialéticas de leões famintos
Aprendi a me acoitar

Mulher não seria
A uma infanto interna estou condenada
Emergi das cinzas
Desuni os pontos.

Nos adoráveis Andes
Sentindo um frio glacial
Gozei de um pique-nique metafísico
Alegrei as casas soturnas e te convidei pra dançar.

As músicas eram estranhas
meio que indigestas;
ou náuseabundas!
Mas ainda assim...
dançaste graciosamente
com passos sincronizados
Voavas como uma gaivota virgem
Cuspias um liquido dourado e entorpecente,
Que eu bebia, morbidamente
e deliciosamente...
me punha bêbada.

E a tal pérola calma
Se desiquilibrou
E agora chóra de desespero
Ela se perdeu nas próprias angústias
Se perdeu no tempo
Se esquece de sua idade.

A tal pérola calma
Se desmitificou
Se tornou densa e oculta.
O tempo todo ocupada com conjecturas.

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