quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ao maldito Poeta

Quando encostar
tua maldita cabeça vazia,
Neste travesseiro babado,
Cheirando a vômito,
Lembre-te de mim
Ó Belo Pedreiro!

Tu comungaste de meu sangue cardíaco
Riste da minha libido vulgar
Apraziste de minha insolência madrigal

Tens o esplendor
de um príncipe cadavérico.
O andar insidioso
de quem procura vaginas alegres.
O sorriso amarelo de canabbis e tiúba.

Imundo!
Pões concubinas no teu santo colo
Investe em modinhas fantasmagóricas
Canta indolentemente na janela da tua alcova
Cerestas ambivalentes e anestésicas.

Me fura o peito!
Me esvazia, oh ardiloso arquiteto!
O que eu mais desejava,
nunca foi teu langue corpo.
Era teu sangue febril
Era tua testa sintetizada
Era teu espírito!
Teu leve e suave espírito.

E tu,desentendido homem
Vens me oferecer teu paradoxo nu frontal?
Tua carne esverdeada?
Teu umbigo homofônico?
Ignóbil!
És maldito,
Enfermo,
Incrédulo.

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