quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

11° dia


Fraco de aventuras!Páre de criar abismos obtusos e fétidas histórias no teu colo mestiço e sem cor.Não semeies mais a única gota de teus mares.
Imploro: Não decepes minhas entranhas, e ofereça teu bom beijo às virgens caladas.E não a mim, que não tenho discórdia enterrada no peito.Arme as armadilhas do teu corpo meio mulato e tão cheio de pêlos inertes, que tanto deixam essas gurias de nádegas endurecidas e fátuas, endoidecidas de tesão ardente.Por quê te amo tanto?Não rapaz, não me questione.Esse é o mais lânguido mistério.Sou uma cápsula de alienação!Nada em mim é desvendado.O que há é somente conjecturas.Não te intimides ao me ver a esmo caminhando pela tua célebre avenida.Preciso do mesmo oxigenio que tu respiras deficitado para alegrar meu coraçãozinho bobo e pueril que tanto usas como um lencinho de papel para assoares teu nariz catarrento.
Não.Não me encolherei mais nos teus braços.E no decorrer de um 11° dia, talvez te encontre propositalmente, e tão cosmeticamente bonita e fragrante.
Seduzir-te-ei com saias e tranças longas.E tu virás louco e faminto de carne andrógena e borbulhante, pra me conhecer outra vez...num lugar imundo em que gemerás uma ceresta e te viciarás nas minhas vísceras pudicas.E regozijarás no meu árduo e sufocante amor imundo...E eu fraca e insone, voltarei novamente solitária ao meu leito quente, de sorriso aberto, após teu beijo tempestuoso...e então esperarei por mais um 11° dia.

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