domingo, 12 de outubro de 2008

Os falsos poetas

O que resta ainda nesses dias que tanto maculei?
Estes ou aqueles dias que o afago,fétido afago,
Me presenteou lugares , os mesmos dantes e nunca mais.
O que serão de meus dias vindouros?

Danças, orquestras e orgias já não me trazem estupefação.
É na cólera que me faço, que me analiso.
É nos meus cigarros que encontro o orgasmo.
É como bruxa que tenho agido.

Os livros me seduziram!
Autores,oh pervertidos autores
falsos poetas
O que quereriam vós?
Vós que aturdistes meu vil coração,
Vós que erraram minha alcova,
Vós que me lumiastes o escuro caminho:
Eu vos odeio!

Vós hipócritas que me persuadiram!
que me sequestraram a alma.

É de vós que tenho asco
e de seus discursos sedutores
é fétidos sofismas
Alegrai-vos de minha decadência colossal.

Ordinários, assacinos!
Pestes verminosas!
Autores, vós autores!

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