terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um poema em desiquilíbrio...

Tenho em mim ecos.
Vagueio...
Sangro...
Espúriamente
Não durmo...
O sono não me quer ao seu lado-cor.
Me incendio.
Há em mim a fera diuturna de "gullar".
Só o diabo me cura
Tudo em mim é ambivalente.

Protejo-me com os lençóis
sujos de concupiscências vivas
Sou tardia
leviana
trágica

Há em mim
a sensação
de bem-mal estar...

Deus e Lúcifer me disputam,
numa partida de pin-pong.
Choco-me em paredes...

Não há explosão de maravilhamento
sobrepujante desta
Há o recôndito e o infinito
Sou uma cápsula de coisas indizíveis...
Sou eu o meu senhor...

Isto que me vale é a amor e também ódio...
É vida e também morte...
É tudo dualidade...
É fúria e é alegria...

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